Microfauna do fitoplâncton
Descrição
Mistura de microalgas marinhas (Tetraselmis suecica 50%, Nannochloropsis gaditana 50%)
Alimento para copépodes, rotíferos, anfípodes, isópodes... etc.
Características gerais
Essas duas espécies de microalgas se complementam perfeitamente devido à diferença de tamanho e mobilidade. De um lado, temos a Tetraselmis suecica, que mede de 10 a 14 µm e se move por meio de flagelos, e do outro, a Nannochloropsis gaditana, muito menor, com cerca de 2 µm, e imóvel.
O fitoplâncton é a base da cadeia alimentar oceânica e, portanto, vital para todos os organismos que habitam nosso aquário, direta ou indiretamente.
Uma alimentação adequada desde os estágios iniciais permite um ecossistema mais equilibrado e bem nutrido. Devemos tentar imitar, tanto quanto possível, o que os organismos encontram em seu ambiente natural, e o fitoplâncton é essencial para isso.
Valor nutricional
As microalgas contêm proteínas/aminoácidos, ácidos graxos poli-insaturados (ômega-3), vitaminas, minerais, clorofilas e outros pigmentos, antioxidantes, enzimas e muito mais.
Sua composição geral é tipicamente: proteínas (30-50%), carboidratos (20-40%) e lipídios (8-15%). Essas porcentagens variam dependendo da microalga específica e das condições de cultivo.
Vantagens que oferecem como alimento
- Ela alimenta diretamente os organismos filtradores e invertebrados que vivem no aquário, fortalecendo assim seu sistema imunológico, realçando sua coloração e despertando os instintos predatórios daqueles que se alimentam dela.
- Os resultados não serão visíveis imediatamente, mas aos poucos veremos como a vida em nosso aquário marinho melhora com o tempo.
Quando usar fitoplâncton e para quê?
Qualquer microalga não consumida nesse momento desaparecerá com o tempo; é importante não adicionar mais do que o necessário. Algumas permanecerão aderidas à rocha viva e ao substrato, servindo de alimento para os organismos ali presentes.
É importante notar que o fitoplâncton que adicionamos ao aquário não consegue se reproduzir ali ao longo do tempo. O fitoplâncton necessita de elementos não encontrados no aquário para seu crescimento e reprodução. Um ambiente eutrófico (com alta quantidade de nutrientes) é essencial, e o que buscamos em nosso aquário é um ambiente oligotrófico (com baixa quantidade de nutrientes dissolvidos).
Devemos sempre começar com uma dosagem baixa e aumentá-la gradualmente de acordo com as necessidades do nosso aquário.
Isso contribui para a reprodução e manutenção do zooplâncton que introduzimos.
Corais (Tetraselmis suecica 20%, Nannochloropsis gaditana 30%, Isochrysis galbana 30%, Phaeodactylum tricornutum 20%).
É importante diferenciar entre corais hermatípicos e ahermatípicos. Nem todos os corais se alimentam da mesma maneira e, portanto, devemos aprender o básico para saber como alimentar cada um deles da melhor forma.
Ahermatípicos: Corais moles que não produzem esqueleto; alimentam-se diretamente de plâncton e microrganismos (fitoplâncton e zooplâncton). É importante controlar certos fatores na água, como cálcio, magnésio e oligoelementos, pois os corais obtêm nutrientes deles.
Hermatípicos: Corais duros que produzem esqueleto; obtêm sua principal fonte de energia das zooxantelas (pequenas algas que vivem em simbiose com o tecido do coral; na verdade, são dinoflagelados que vivem em simbiose com as colônias de pólipos). Através da fotossíntese, essas algas produzem açúcares que servem de alimento e energia para o próprio coral. Essas algas também são responsáveis pela cor do coral. Portanto, a luz é crucial para esses corais, pois eles obtêm parte de sua nutrição dela. Os pólipos se alimentam de bactérias, diatomáceas e outros organismos. Um exemplo de coral hermatípico é a Acropora (coral SPS).Microfauna (Tetraselmis suecica 50%, Nannochloropsis gaditana 50%)
Alimento para copépodes, rotíferos, anfípodes e isópodes.
Reino: Eukaryota
Classe: Eustigmatophyceae
Ordem: Eustigmatales
Família: Monodopsidaceae
Gênero: Nannochloropsis
Espécie: Nannochloropsis gaditana
- Tamanho 2-3 µm
- Desprovido de flagelos
- Parede celular altamente resistente
- Crescimento rápido
- Alimentação de rotíferos e copépodes
- Utilizada em técnicas de água verde para estabelecer as fases iniciais na aquicultura.
- Alto teor de proteínas e lipídios. É particularmente rico em EPA (ácido eicosapentaenoico, ácido graxo ômega-3).
Perfil nutricional:
- Proteínas: 52%
- Carboidratos: 12%
- Lípidos: 28%
- EPA: 37%
- ARA (ácido graxo araquidônico): 5%
Reino: Eukaryota
Classe: Chlorodendrophyceae
Ordem: Chlorodendrales
Família: Chlorodendraceae
Gênero: Tetraselmis
Espécie: Tetraselmis suecica
- Tamanho 10-12 µm
- Possui 4 flagelos isodinâmicos agrupados em um vértice apical.
- Seu tamanho maior e sua mobilidade o tornam mais atraente para certos organismos (como os corais duros).
- Substrato alimentar para pequenos organismos como copépodes, rotíferos e artêmias. Amplamente utilizado na alimentação de moluscos e crustáceos.
Perfil nutricional:
- Proteínas: 36%
- Carboidratos: 12%
- Lípidos: 10%
- EPA: 4%
- ARA (ácido graxo araquidônico): 10%
- Ácido linoleico: 12%