Náuplios de Artemia
Descrição
Náuplios vivos de Artemia franciscana em frasco.
Cultivadas em laboratório e alimentadas exclusivamente com fitoplâncton.
Características gerais
Pequeno crustáceo branquiópode.
Desde a década de 1930, seu uso na aquicultura aumentou consideravelmente, sendo atualmente o melhor, e em alguns casos o único, alimento vivo para os estágios larvais iniciais de muitas espécies de peixes e crustáceos.
Sua distribuição se estende a todos os continentes, exceto a Antártica. São encontrados em lagos com salinidade muito alta (até 300 g/L de sal), onde seus predadores não conseguem sobreviver. Sua grande adaptabilidade permite que sejam encontrados até mesmo em água doce.
Sobrevivem em águas com alto déficit de oxigênio (tolerando níveis tão baixos quanto 0,5 mg de oxigênio por litro na fase adulta).
São utilizados na criação de peixes e crustáceos destinados tanto ao consumo humano quanto a aquários. São utilizados por criadores de peixes betta.
O valor nutricional dos náuplios de primeiro estágio é maior do que nos estágios II e III. O peso seco e o conteúdo calórico diminuem à medida que crescem, caso não sejam alimentados. O aumento de tamanho dificulta a alimentação por certos predadores, já que a menor velocidade de natação destes limita a capacidade de natação dos camarões-da-salmoura. A cor dos camarões-da-salmoura também é notável: os recém-eclodidos são de um laranja escuro (mais visíveis para os predadores), tornando-se mais pálidos e transparentes à medida que crescem, caso não sejam alimentados.
Possuem alta digestibilidade e atendem às necessidades de macro e micronutrientes de larvas de peixes marinhos e de água doce, bem como de crustáceos.
Os náuplios recém-eclodidos apresentam alto teor de ácidos graxos.
Técnicas de bioencapsulação podem ser utilizadas para introduzir componentes de interesse para os predadores (vitaminas, pigmentos, aminoácidos, etc.) nos camarões-da-salmoura recém-eclodidos.
Valor nutricional
Alto valor em vitaminas e proteínas.
Ácidos graxos poli-insaturados e alto teor de interferon (glicoproteínas sintetizadas por células infectadas por vírus que inibem a multiplicação destes).
Quantidades consideráveis de betacaroteno, substância que realça e intensifica a cor dos peixes que consome (um exemplo disso são os flamingos, cuja cor rosa característica se destaca por se alimentarem de artêmias).
Composição aproximada da Artemia salina:
Proteínas 52-74%
Carboidratos 7-17%
Lipídios 8-16%
Açúcares 3-4%
Umidade 85-90%
Cinzas 9-20%
Vantagens que oferecem como alimento
- Eles são pequenos (400-500 micrômetros quando recém-eclodidos), o que os torna ideais para alimentar alevinos.
- Alta eficiência na conversão alimentar.
- Elas reforçam o instinto de caça dos peixes.
- Excelente alimento para todos os tipos de peixes e invertebrados, promovendo sua pigmentação e boa saúde.
- Podemos mantê-los refrigerados para diminuir seu metabolismo e aumentar os níveis de oxigênio, fazendo com que durem um pouco mais.